RPGirls em... É pro fantástico?!?


Elas fazem a diferença!

por Filipe Lutalo

Caros rpgamers, hoje trazemos para vocês o grupo RPGirls. Formado apenas por mulheres, elas estão difundindo o RPG em Belo Horizonte, principalmente, entre o público feminino. Só para ter uma ideia do trabalho sério que desenvolvem, elas estão organizando o 1° QJRPGirls. Vamos a entrevista?

RPGames Brasil: Meninas, se apresentem para o nosso público. Quem são vocês? Como e quando começaram a jogar?

RPGirls: Somos um grupo de meninas de backgrounds variados, mas com um interesse em comum: difundir o hobbie entre as mulheres. Para isso, fundamos um grupo de RPG - o RPGirls. Entre nós, existem meninas com muita experiência com RPG e também que estão começando agora. Nossas histórias de como começamos a jogar variam, mas a maioria foi apresentada ao hobbie por parentes, amigas (os), namorado ou mesmo pesquisando na internet.

R.B.: Como surgiu a ideia de criar o RPGirls?

RPGirls: A gente já joga há muito tempo, seja tabuleiro, card ou RPG. E quem frequenta esse meio sabe que há uma minoria feminina, aspecto que de certo modo, sempre nos incomodou. Quando nos conhecemos no clube de jogos Sétima Armada, curtimos muito jogarmos entre nós e resolvemos que alguém tinha que fazer alguma coisa pra trazes mais mulheres para esses ambientes, daí veio a ideia do RPGirls!

R.B: Quais sistemas estão jogando atualmente?

RPGirls: A gente se reuniu pra responder essas perguntas, então aqui vai uma lista do que cada uma está jogando no momento:

  • Dungeon World, Labirinth Lord, UED – Carol
  • D&D, Fate, UED – Mari
  • D&D, Vampiro: a máscara, Game of Thrones, UED – Dani
  • UED – Pam
  • Final Fantasy RPG, D&D, Dungeon World, UED - Gabi
Imagem: divulgação dos sistemas.

R.B.: Dia 19 tem o QJRPGirls. Falem-nos do evento?

RPGirls: A proposta do evento veio da Gabi, uma das fundadoras do RPGirls. Já conhecíamos o Edy, idealizador do Quero Jogar RPG e ele deu o maior apoio. A gente começou a trabalhar no QJRPGirls tem pouco tempo, mas estamos muito empolgadas e achamos que vai ser uma primeira experiência muito legal, estamos fazendo tudo voltado para que as meninas se sintam o mais confortáveis e acolhidas possível.

R.B.: O RPG, tradicionalmente, é dominado pelos homens. O que acham dessa quebra de estereótipo que vocês estão apresentando?

RPGirls: Na verdade, a gente até prefere evitar essas nomenclaturas de quebra de estereótipo, nosso objetivo é que não haja mais esse tipo de estranhamento. Porque queremos que a existência de mulheres no meio dos jogos seja o que realmente é: algo natural.

R.B.: A mulherada que desejar jogar nas mesas de vocês, como devem fazer?

RPGirls: Para todas que querem jogar e obter mais informações, seja desse evento ou dos próximos que virão, convidamos para que curtam nossa página, RPGirls no facebook, além da página do evento QJRPGirls. Teremos para esse evento 11 mesas até o momento, das quais mais da metade são exclusivamente femininas. Para visualizar a relação das mesas, horários e quais são exclusivamente femininos e quais são mistas, basta acessar o seguinte link: inscrição no QJRPGirls.

Foto: reprodução do Facebook do RPGirls. Mesa do jogo Violentina.

R.B.: A atitude de vocês me lembram as mulheres de “As Brumas de Avalon”, onde a lenda do rei Arthur é abordada do ponto de vista das mulheres e as colocam como visionárias. Vocês se sentem visionárias?

RPGirls: Não nos sentimos visionárias, até porque a ideia já foi bastante explorada. A gente quer que a ideia dê certo e estamos indo atrás disso. Compreendemos sua comparação com “As Brumas de Avalon”, partindo do ideal de que as mulheres representadas nos livros são fortes e perseguem seus objetivos (por isso, obrigada! =D). Mas esperamos não ser ofuscadas pelo meio que nos cerca, assim como as celtas foram.

R.B.: O que falta para que as mesas de RPGs sejam preenchidas por mais mulheres?

RPGirls: Incentivo. É difícil entrar em um círculo social sem conhecer ninguém. Ir lá “na cara e na coragem”. Principalmente um ambiente que é normalmente composto por homens e carrega o estigma de atividade masculina.

R.B.: Qual o recado que vocês gostariam de deixar para as leitoras e leitores do RPGames Brasil?

RPGirls: Às leitoras pra que chamem mais meninas pra jogar, mesmo aquela que você acha que não é muito interessada, ela pode se encantar pelo hobbie. E aos leitores, pra que chamem as namoradas, as amigas, colegas e sejam gentis com elas se forem iniciantes. A primeira vez é difícil pra todo mundo.

RPGames Brasil: agrademos a brilhante entrevista que nos concederam, gentilmente. Desejamos muito sucesso e que tenham muitos sucessos decisivos e poucas falhas críticas. Parabéns!

RPGirls: No mais, agradecemos a entrevista. Foi muito legal! A gente espera ouvir mais do RPGames Brasil.



2 comentários:

  1. Parabéns pela entrevista, Filipe. E parabéns também para a moçada da RPGirls. Precisamos de mais iniciativas como esta. O olhar feminino tem muito a acrescentar nas nossas mesas d RPG.

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