Hammerblood – Cap. IX – Resgate de Anita



Araor, o mago; Colossos, o guerreiro; Elster, o halfling; e Nihill, o mendigo, chegaram até a vila pesqueira a leste de Hammerblood. Cerca de dez casas de madeira com telhados de palha era toda a construção que compunha a pequena vila pesqueira.

Após conversarem com um redeiro cego, foram até o cai e conseguiram persuadir um pescador a leva-los de barco até as proximidades do antigo covil pirata ao norte. Os quatro aventureiros entraram no barco com bastante dificuldade e o pescador os levou por águas tortuosas até um enseada, cercada por um grande paredão de pedra.

- O caminho que vocês procuram está no alto do paredão. Existe uma trilha de escalada para chegar lá em cima, mas não deixa de ser perigosa – falou o pescador apontando um caminho no paredão. Não possuindo uma corda para facilitar a subida, Araor utilizou de sua magia para permitir que Colossos voasse e os levassem até o alto do paredão.

Eles encontraram uma trilha e o seguiram. Após caminharem por cerca de uma hora, avistaram a entrada de uma caverna. Um nômade fazia sua vigília. Todos tentaram buscar abrigo entre as rochas, mas o guarda percebeu a presença de Nihill. Ele deu o alerta e atacou. Colossos acudiu e em pouco tempo o guarda estava inconsciente.

Os aventureiros examinaram a entrada da caverna. Uma corda amarrada a uma pedra descia por um caminho íngreme. Após alguns minutos discutindo como desceriam sem ser surpreendidos pelos nômades, resolveram descer. Afinal, o vigia já havia dado o alerta e todo minuto, agora era precioso. Ester, decidindo ficar, então realizou varias proteções sobre Araor, Colossos e Nihill. Colossos sentou-se na boca do túnel que parecia um tobogã e com o auxilio da corda começou a descer.

Enquanto, Colossos descia, Araor resolveu descer também. A corda não aguentou o peso dos dois e arrebentou. Escorregando pelo túnel foram aterrissar numa pequena piscina natural no interior da caverna. Outro nômade os esperava.

Colossos e Araor tentavam se recuperar da queda. Aproveitando a chance o nômade atacou e conseguiu atingir o peito de Colossos com um pesado malho. Colossos sacou o machado e contra-atacou. Deferiu dois golpes e derrubou seu agressor. Nesse momento, Nihhil desceu escorregando pelo túnel e aterrissou na água.

Na queda de Araor e Colossos, muitas poções que traziam se quebraram. Vendo Colossos ferido, Nihill cedeu suas poções de cura para ele. Assim, continuaram pela caverna. O guerreiro foi na frente e seguiram por um túnel ao norte, mas descobriu como um perito em armadilhas faz falta ao grupo. Ele tropeçou em uma corda e uma tora descendo do teto como um pêndulo o atingiu. Ferido, resolveu continuar.

No fim do túnel, saíram em uma praia. Uma enseada, cercada por altos paredões de pedra e um porto natural. Capim crescia na areia amarelada e duas árvores praticamente mortas insistiam em sobreviver naquele local impróprio. Um pequeno drakkar estava ancorado, onde os nômades preparavam sua partida.

Ao avançarem pela praia, o mato que crescia na areia começou a enroscar. O canto de pássaros produzidos pela mágica rouxinol alertou aos bárbaros que se prepararam para o combate. Mas as coisas não foram fáceis. O druida que acompanhava os bárbaros havia encantado as árvores que em conjunto com os seis bárbaros tornaram-se uma força de defesa formidável.

Após alguns minutos de combate, um bárbaro estava inconsciente e outro ferido gravemente. Nihill havia sido arremessado por uma arvore no mar e lutava para não se afogar. Colossos foi arremessado contra o paredão e estava bastante ferido. Araor então, falou.

- Feiticeiro, mande seus homens recuarem. Vocês não possuem chance.

- Feiticeiro, queremos apenas a menina. Entregue-a e poderão partir sem mais combate - falou Nihill que acabara de sair da água.

O feiticeiro nômade ponderou. Se o combate durasse mais, eles sairiam vitoriosos, mas seus homens estariam muito feridos para navegar. Se aceitasse a trégua, teria homens para pilotar o barco e perderiam sua cativa. Sabiamente, ele aceitou os termos da trégua.

Araor, Colossos, Elster e Nihill voltaram para Hammerblood vitoriosos, escoltando Anita, a filha da estalajadeira.

3 comentários:

  1. Confesso que pensei que nessa etapa personagens iriam morrer, mas o trabalho a saída dada ao druida de escapar sem mais mortes foi inteligente.

    Parabéns aos PCs que conseguiram salvar a garota. Eu sei que não foi fácil!!!!

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  2. Muito, muito bom, e ainda tivemos um "final" feliz!

    Espero ver logo esta história em forma de livro!

    PS: Gostei muito do navio...

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  3. A mente supera o aço. Parabéns para os PCs, em especial pro Nihil, pela inteligência. O q eu axo uma pena, Druida, como disse a vc antes, fora do blog, é q quase td grupo só usa a cabeça e bola uma boa estratégia qdo a merda já foi jogada no ventilador, ae mtas perdas já ocorreram. É mto raro v um grupo bolando estratégias para superar seus oponentes, e + raro ainda é v um grupo agindo estrategicamente o tempo td. Não digo isto pra desmerecer a inteligência demonstrada pelo grupo, já q esta é uma realidade q quase tds os grupos d rpg passam, seja qual for o estilo ou o cenário. Fica ae apenas uma reflexão. Flw.

    PS: Tô curtindo paca o ebook desta saga, Capítulo por Capítulo.

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