Hammerblood 2 – Capítulo IV


O anel amaldiçoado.


Araor, Elster, Nihill, Rydell e Traver foram atacados pelos homens. Eles traziam pintados na testa um olho, o que indicavam ser adoradores de alguma religião hindu. Antes que entrassem no quarto, Nihill empurrou a porta e a prendeu com seu próprio corpo. Rydell correu e segurou a porta também.

Por um momento, eles conseguiram, mas quando Rydell correu para a janela, os cultistas forçaram a porta mais uma vez e Nihill não conseguiu segurá-la. Nesse meio tempo, Araor continuava caído no chão atordoado e Elster se escondeu embaixo da mesa.

Enquanto Nihill tentava tirar a faca de um dos atacantes, Rydell atacou com seu montante. Os homens não estavam preparados para um contra ataque e foram pegos de surpresa. Rydell derrubou três com sua espada. Os outros bateram em retirada.

Quando os guardas chegaram, as explicações necessárias foram dadas e os corpos removidos. Mesmo achando que a noite agora seria calma, eles decidiram fazer guarda.

***
Nihill sentou à janela em seu turno e observava a rua. Do outro lado da rua, em frente a taverna, um guarda dormia apoiado em sua lança. “Bom trabalho” pensou Nihill observando o homem. Até que próxima à mercearia, uma figura se esgueira. Apesar da escuridão da noite, Nihill percebeu que era o mago que acompanhava os cultistas. O homem deixou uma pequenina caixa sobre um caixote à frente da mercearia e partiu. Ao acordar Rydell para fazer seu turno, Nihill contou a ele os fatos.

Rydell vigiou seu turno e quando estava quase amanhecendo ele avistou o mago novamente. Não pensando duas vezes gritou acordando o guarda que continuava dormindo em sua lança. O guarda, agora alerta foi ao encalço do feiticeiro que se esgueirou por um beco.

O mercenário aproveitou para ir até o caixote e investigar o que o mago havia deixado. Sobre o caixote ele encontrou uma caixinha. Então pensou: “Trata-se de uma armadilha”. Quebrando o cabo de uma vassoura em dois bastões tentou equilibrar a caixa, mas cometeu um descuido e a caixa caiu no chão, deixando um anel dourado com uma água marinha incrustrada rolar pelo chão.

Ao ver o anel, Rydell foi vitima de um encanto e o colocou no dedo. Para sua surpresa, não conseguia removê-lo. Então, voltou para a hospedaria e acordou os outros para contar o que tinha acontecido.

Elster identificou que o anel possuia um feitiço que não o deixava ser removido. Além disso, o deixava menos hábil e transmitia os pensamentos de Rydell para uma outra pessoa, o que muito possivelmente seria o mago. Após o desjejum decidiram deixar a cidade.

Enquanto recuperavam suas armas escondidas na floresta, o grupo decidiu que deveriam retirar esse anel do dedo de Rydell. Elster avisou que a magia era muito poderosa e só poderia ser removida pela mágica de Remoção de Maldição. Outra opção seria destruir o anel.

- Simples – falou Nihill. - Voltemos para a vila e solicitamos ao ferreiro para cortar o anel. Rydell achou a ideia ótima e, juntamente com Nihill e Elster foram para a vila.

Entretanto, os pensamentos de Rydell o traíram. O mago e os dois cultistas preparam um emboscada e atacaram os três. Nihill agora com sua espada de duas mãos derrubou um dos inimigos que havia ferido gravemente Rydell. O feiticeiro hindu, percebendo que o combate penderia para o lado oposto, lançou uma magia de sono sobre o grupo que não conseguiu resistir.

***
Algum tempo depois, eles acordaram amarrados e encapuzados.

- Eles acordaram – falou alguém.

- Tire o capuz deles – falou outro homem que parecia ser velho. Assim que o capuz foi removido, o mago continuou a falar. – Me chamo Dasarath e Shiva nos colocou no caminho, Nihill, seu desertor.

- O que quer de mim – perguntou Nihill.

- Achei que lucraria te levando para a seita de novo, mas como matou meus companheiros, usarei da força de você e seus amigos. Há cerca de cinco dias, três ídolos foram roubados de nossa sede por um goblin. Esses ídolos aprisionam espíritos malignos que quando expostos a luz se fortalecem. Em dois dias eles escaparão. A não ser que vocês os coloquem na escuridão novamente. Eles estão na vila de Blacksmith. Quero que os recupere, caso contrario, toda a vila será destruída.

- E se não concordarmos – falou Nihill.

O mago preparou uma poção espumante e forçou Nihill e Rydell a beber. Quando foi colocar na boca de Elster o halfling argumentou:

- Senhor, já possui dois de meus amigos sobre seu domínio. Prometo servi-lo. Dasarath ouvindo-o, não viu necessidade de gastar mais uma poção.

- Essa poção os matará em três dias. Assim que conseguirem os ídolos, lhes darei o antidoto.

- Eu me recuso a ajudá-lo – bradou Rydell. – Quero que retire esse anel de meu dedo.

- Ele será retirado quando retornar com os ídolos – falou Dasarath.

- Eu não irei – gritou Rydell.

Dando um simples gesto, Dasarath ordenou que seu guarda-costas retirasse a vida de Rydell. O mercenário caiu morto com a garganta cortada.

4 comentários:

  1. Infelizmente, demos adeus ao personagem Rydell. Mas a aventura continua!

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  2. Isto infelizmente acontece durante nossas jornadas. Que os bardos imortalizem o nome de Rydell!

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  3. Num sei pq, + qdo eu li esta história me lembrei da letra d Carmina Burana...

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  4. Em especial estes 2 trechos:

    (...)
    Semper crescis (Sempre sobe)
    Auc decrescis (Depois desce)
    Vita detestabilis (...) (Vida detesestável)

    (...)
    Hoc in ludum (Neste jogo)
    Dorsum nudum (De dorso nú)
    Fero tui sceleris (...)(Me sujeito ao teu flagelo)

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