O destino de Traver
(por Filipe Dias)
Colossos demorou trinta minutos para
alcançar o grupo formado por Araor, o mago; Nihill Twohand Sword; Elster, o
halfling; e Wilmorn, o bardo. Depois que o grupo deixou o guerreiro de quase
dois metros de altura a par dos acontecimentos, resolveram entrar na caverna.
Elster conjurou uma magia de luz sobre o escudo de Colossos, que foi à frente
do grupo, iluminando o caminho.
A estrada de pedra seguia por um corredor
estreito. Logo depois chegava à um salão com um lago raso no meio. O tempo
estava contra eles. Colosssos, Araor, Nihill avançaram, enquanto Elster parou e
conjurou sobre si uma magia de invisibilidade. Wilmorn vinha logo na
retaguarda.
Deixaram esse salão e seguiram por outro
corredor. No fim dele se depararam com outro salão. Grande, repleto de
estalagmites. O teto parecia ser tão alto que não dava para enxergar. A luz do
escudo de Colossos iluminou Traver caído no fundo da caverna. Sobre ele, dois
diabretes alimentavam-se de sua carne.
Colossos avançou para cima dos diabretes.
Nesse momento, o demônio e dois outros desceram da escuridão do teto e o cercaram.
O demônio era negro como a noite e carregava um tridente mágico. Colossos
desviou dos golpes e retornou para a entrada do salão.
Foi um combate estratégico. Colossos e
Nihill ficaram na frente, para evitar que os diabretes e o demônio os
cercassem. Araor disparou relâmpagos contras os inimigos que se esquivaram
habilidosamente. Wilmorn atacava com a adaga magica e Elster começou a
concentrar em uma nova magia.
O demônio agitou o tridente e trevas
profundas encobriram a ele e seus servos. O
grupo percebeu que se avançassem para dentro das trevas seriam mortos,
mas se ficassem muito tempo parado, a vida de Traver estaria perdida. Alguns
segundos se arrastaram na indecisão, até que Wilmorn gritou:
- Demônio dos infernos, sua covardia é mais
abominável que até dos mais fracos dos humanos. Enfurecido, o demônio saiu das
trevas e atacou. Elster rapidamente moldou terra em volta do demônio e o aprisionou.
Colossos aproveitando a chance deferiu um
golpe poderoso com o seu machado e destruiu a criatura. Numa nuvem de fumaça
negra, o corpo do demônio desapareceu.
Assim que as trevas dissiparam, correram ao
encontro de Traver, jogado inconsciente no fundo da caverna.
***
Todo o grupo estava de cabeça baixa. Nihill
fez uma oração para a alma de Traver. Eles tinham chegado tarde demais. Os
diabretes já o haviam matado. Na cova aberta magicamente por Elster, jazia o
corpo de um companheiro.
Lentamente a terra começou a cobri-lo. Por
fim, fincaram uma cruz de madeira na cabeceira da cova e voltaram em silêncio
para o acampamento. Se tivessem sido mais rápidos, se não o tivessem deixado ir
para a ronda sozinho. Vários pensamentos os torturavam, mas nada seria capaz de
trazer Traver de volta.
Pelas minhas barbas!!!! Este capítulo foi deveras emocionante!
ResponderExcluirParabéns, nobre druida. Espero ver logo esta série em formato de livro!
Obrigado Odin! Foi emocionante mesmo. Apos a sessão parecia que os jogadores tinham perdido um companheiro, dado o silêncio na mesa!
ExcluirÉ importante os jogadores terem uma visualização de tempo numa aventura, assim como na vida real. Assim como um senso d urgência, qdo for o caso. Isto, infelizmente, foi o q faltou ao grupo, q enrolou demais pra resgatar o Traver.
ResponderExcluirEra arriscarem-se ou esperar para estarem com força total. Numa batalha, estar 100% preparado é o ideal. Entretanto, se não há condição para isso, tem que improvisar!
ExcluirRealmente, o grupo não chegou a tempo, porque esperaram muito para ter força total!