Brithem
– O druida juiz
(por Filipe Dias)
“São efetivamente os
druidas que julgam os debates públicos e privados, e, se um crime foi cometido ...
são eles que decidem e avaliam os prejuízos e sanções”. (César. De bello
gallico, VI)
Na parte I desse artigo,
falamos sobre a essência dos druidas e suas classes. Vamos aprofundar um pouco
mais na função que eles exerciam na sociedade celta.
Parece difícil entender como
sacerdotes especializados em sacrifícios e predições, também julgavam.
Eles possuíam, também, a função da justiça, porque para os celtas a justiça era
um fato religioso.
Conselheiros de reis e do
povo, eles articulavam os julgamentos. O rei tinha a responsabilidade de
pronunciar a sentença, mas o druida o influenciava. Como para os celtas, a
justiça era validada pelos deuses, o druida como ponte entre o mundo real e
divino, era o transmissor da voz divina, ou seja, o juiz.
Os druidas elaboravam a
sentença que o rei pronunciaria. Eles não podiam errar, pois seriam castigados pelos
deuses com doenças, uma desfiguração ou com a esterilidade da terra e do seu povo.
Como deveriam ser perfeitos, carregavam todo o fardo da sociedade; não possuíam
o direito de errar.
Simbolicamente temos dois exemplos do druida como juiz. Quando Arthur nasce,
filhos da união ilícita de Urther Pendragon e Ingraine, Merlin toma o garoto
para si. Por ser o juiz, ele não foi questionado. Ele é quem definiu o tutor que educaria o garoto Arthur. Após a morte de Urther, a
Bretanha fica sem um rei por 15 anos, até que Arthur retirar Excalibur da
pedra. Merlin o coroa como rei da
Bretanha e, assim, o vemos desempenhando a justiça divina novamente.
Muito, muito interessante mesmo, nobre amigo!
ResponderExcluirMuita coisa existe por tras do druidismo! Vale a pena explorar!
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