Tolkien mexeu no túmulo
- por Filipe Dias (Druida-filid)
Sem nada para fazer em casa, resolvi assistir o filme
final da triologia de The Hobbit. Fiquei decepcionado.
Peter Jackson foi sagaz em estender o filme em três partes,
mas nunca pensei que a última e tão esperada não passasse de um show de efeitos
especiais, golpes de espada e um amor nada haver entre uma elfa e um anão.
Na minha opinião, o filme está comprometido com alguma
empresa de jogos eletrônicos. Legolas saltando de pedra em pedra no meio da
batalha me lembrou Mario Bross, Sonic ou outro jogo a sua escolha. Sonic e
Mario, desculpem a comparação.
Para quem me conhece e sabe como curto toda a obra de
Tolkien, faltou muito para o filme se aproximar da obra. Licença poética à
parte, chego a triste conclusão que The Hobbit é um filme para se ver no sofá.
Não vale a ida ao cinema.
À propósito, o filme é fraco até para ser considerado uma inspiração para as mesas de RPG.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA indústria cinematográfica está se enveredando cada vez mais agressivamente no caminho dos mercenários. Só pensam no dinheiro.
ResponderExcluirE foi isso que o diretor, Peter Jackson, fez. Dividiu o livro "O Hobbit" em três filmes para arrecadar rios de dólares.
E mais, como ele é neozelandês, aproveita para ganhar mais dinheiro com o turismo dos fãs que visitarão os locais que os filmes foram gravados.
Assim como fiz ao assistir o segundo filme "A Desolação de Smaug", eu fingi a mim mesmo que nunca havia lido o livro e fui assistir ao terceiro filme (e ainda assisti em 3D) e até me diverti com o filme por causa desse método que adotei.
Eu acho que se Christopher Tolkien encontrasse Peter Jackson pessoalmente ele o deceparia com um machado de duas mãos e, depois, lá no "after life" o espírito de seu pai, J.R.R. Tolkien entregaria a alma de Peter ao Diabo.
Não nego que tem cenas legais, mas é só.
ExcluirMe diverti com as cenas de batalhas, mas foi só.
" Eu acho que se Christopher Tolkien encontrasse Peter Jackson pessoalmente ele o deceparia com um machado de duas mãos e, depois, lá no "after life" o espírito de seu pai, J.R.R. Tolkien entregaria a alma de Peter ao Diabo."
ResponderExcluirSÁBIAS PALAVRAS, MEU NOBRE AMIGO.
Em sua megalomania, Peter Jackson cometeu verdadeiras heresias em O Senhor dos Anéis, como destruir o personagem Faramir, que segundo o próprio Tolkien, era o personagem com quem mais se identificava. Contudo, como a equipe de Jackson naqueles filmes era muito boa e os fãs (especialmente os ligados ao Conselho Branco e às Tocas em vários países) ficaram muito "em cima", tivemos bons filmes.
Com O Hobbit, exceto no primeiro filme, as coisas foram desastrosas, pois não houve tanta atenção dos fãs no início da produção e Jackson estava mais megalomaníaco do que nunca, o que gerou estas aberrações que foram os dois últimos filmes da trilogia. Como o druida sabiamente dissera, parecia mais um jogo eletrônico (do pior tipo), e não a adaptação de um clássico.
Vendo isto, entendemos porque Christopher Tolkien tem asco do "trabalho" de Peter Jackon, e porque, com todas as forças, o sábio filho do grande mestre tem impedido que Jackson colocasse as mãos nos direitos de produção de O Silmarillion.
Odin, não gostaria nem de pensar o que seria feito com a história de Beren e Luthien, ou Turin Turambar. Melhor que Peter Jackson não dirija Silmarilion de forma alguma.
ExcluirObrigado Odin.
ResponderExcluirTambém concordo com o que escreveu.
Quero fazer uma correção: eu quis dizer degolar ao invés de decepar.
Realmente Ricardo, decepar deixa ainda o nosso amigo com alguma utilidade.
ExcluirConcordo com os senhores! Na minha opinião, apesar do romance imbecil entre a elfa e o anão, e outras escorregadelas, o Hobbit se resume à um "bom entretenimento".
ResponderExcluirEdusá, confesso que me divertir e recomendo o filme. Como entretenimento é ótimo, mas como um retrato do que é a Terra Média, ficou devendo.
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