As mesas de RPG atravessam fronteiras da internet
Por
Filipe Lutalo
Na
década de 1990, quando o RPG chegou ao Brasil, a internet estava
engatinhando por aqui. Nas tardes de sábado, nos reuníamos em volta
de uma mesa, repletas de salgadinhos e refrigerantes, fichas livros e
miniatura de chumbo, para jogar RPG. Hoje, as coisas evoluíram.
Fizemos
uma enquete junto aos usuários de FACEBOOK e visitantes do nosso
blog para saber qual modalidade de jogo preferem: a boa e velha mesa
(ou algo semelhante) ou sessões de stream?
Como
o advento da internet, maiores velocidades de banda larga e
popularização das videochamada, o stream vem se popularizando como
uma forma de reunir jogadores em diferentes lugares do globo para
jogar Roleplaying Game.
Essa
modalidade consiste em ter um provedor que emula os personagens, a
mesa e, em tempo real permite a comunicação de mestres e jogadores.
A partida de RPG acontece de forma normal, porém, todos os recursos
como mapa de combate, jogada de dados e fichas de personagens são
virtuais. O programa interliga os jogadores em diferentes lugares.
Nem precisa sair de casa.
André
Sitowski destaca no site Rolando os Dados cinco formas de jogaron-line. Ele destaca o Fantasy Grounds, o Roll20, o Taulukko, o RRPGFirecast e o RPG 2ic. Fica a gosto do freguês.
Nossa
pesquisa aponta que 31 % dos entrevistados preferem ou jogam via
stream. Johnnie Christer resumiu em seu comentário o motivo para o
crescimento do stream: “Leva tempo para consolidar uma mesa
presencial. Ter a fidelidade e assiduidade dos players não é fácil.
Quem realmente é a fim de jogar sempre faz uma forcinha e consegue.
O negócio é ir conseguindo bons jogadores aos poucos e consolidar
uma mesa. O formato on-line é pra quem não tem opção, mora em
lugares isolados.”
Outra
modalidade como mestrar por fórum também são praticadas. Rômulo
Canto comenta: "Eu mestro via fórum no moldes de “mundo aberto”.
Cada jogador entra numa das histórias que estão em andamento ou
pode fazer a sua. Tenho um jogador que jogou com 90% dos outros
jogadores e agora está sozinho."
As
mesas presenciais são a preferência dos nossos entrevistados.
Cristian Rodrigo dos Santos relata que deseja experimentar a
modalidade on-line, porém ressalta que precisa investir em
aplicativos, extensões, dificuldades de lidar com as traduções dos
jogos e encontrar jogadores comprometidos. Além disso, ele possui 13
livros de RPG e já investiu muito tempo preparando terrenos e
miniaturas para jogar presencialmente.
Walison
Jorge, fundador do grupo Ethernalys, e José Noce, editor e dono da
Macunaíma Games ressaltam as vantagens dos jogos on-line, porém não
abrem mão da velha forma de jogar RPG. “Não posso ignorar as
vantagens oferecidas por jogar em stream, como superar a distância
estando no conforto do seu lar, apps que ajudam na rolagem de dados,
criação de fichas e execução de trilha sonora, entre outras, mas
para mim, isso nunca substituíra de forma adequada a interação
humana do olho no olho” — diz José Noce.
Deixadas
as preferências de lado, a tecnologia está disponível para quem
desejar jogar e possui dificuldade de encontrar companheiros para
estar em volta de uma mesa. O importante é jogar, principalmente, se
divertir!
Eu msm já tentei jogar online. O grupo era top, o mestre tb, mas esse lance digital não tá em mim rsrsrs. Sei lá, não tem a msm graça. E pro meu azar no dia a minha internet tb não tava funcionando direito, dae tive que sair da aventura antes dela acabar. Mas essa é uma experiência que eu ainda quero testar por completo pra ter uma opinião mais formada.
ResponderExcluirUma internet rápida e estável acaba sendo primordial. Obrigado pelo comentário.
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