Aqui
quem manda é o mestre?
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por Filipe Lutalo
Título:
Vamos por Ordem Nessa Bodega. Ilustrações de Lucas Martins.
Publicação independente pela Macuanaíma Games, 2017, capa
colorida, miolo preto e branco, 48 páginas.
José
Noce é belo-horizontino, game designer e blogueiro. Joga RPG desde
1995 e edita o blog Macunaíma Games. Já colaborou para o RPGames
Brasil e impunha como bandeira o dever de apresentar o RPG e
jogos de tabuleiro para o público em geral.
“Mestrar
RPG é um árduo trabalho”. Para o mestre, pode ser uma experiência
frustrante após a leitura dos manuais, preparação das aventuras,
criação de mapas, ter
jogadores na mesa que estão descomprometidos com a história ou
possuírem vícios que estragam a diversão. O objetivo de “Vamos
pôr Ordem Nessa Bodega” é dar dicas para os mestres de como lidar
com jogadores e preparar a sessão de jogo.
O
livro é composto por três capítulos e dois apêndices, enumerados
como: 1 – Introdução; 2 – Preparando sua mesa de RPG; 3 –
Conduzindo o jogo. Os apêndices são intitulados Desenvolvendo seus
próprios jogos e cenários e; Organizando Eventos.
No
capítulo Introdução, Noce ressalta como é trabalhoso para o
mestre de RPG criar uma aventura, narrá-la de forma empolgante e
divertir a todos, inclusive a si mesmo. O objetivo do livro é ajudar
aos mestres veteranos a fazer com seus esforços sejam recompensados.
O autor cria sua obra a partir de suas postagens realizadas no blog
RPGames Brasil e ressalta que seu público-alvo são os mestres
veteranos. Minha opinião é
que o livro é para todos,
iniciantes e veteranos, que
desejem organizar as suas sessões.
O
capítulo Preparando a sua mesa de RPG conduzirá o mestre pelos
caminhos de como selecionar “bons jogadores”, como montar um
grupo para campanhas, organizar a mesa de jogo, a construção de
personagens (in)adequados, e organização de one
shots. Destaco
a sugestão para montar o grupo com jogadores comprometidos
com os horários de jogo e que entendam a proposta do
cenário apresentado pelo mestre.
O
capítulo 3, Conduzindo o jogo, explora dicas de como lidar com
jogadores. Como o mestre conduz os advogados de regras, os
cabeças de martelo, os palpiteiros e os “faladores” para que
entrem no clima da aventura. E quando sentir que a aventura saiu dos
trilhos,
nesse capítulo você encontrará algumas dicas.
O
último capítulo aborda três tipos de jogadores, que segundo o
autor, existem nos grupos: o fresco, o louco e o burro. É um relato
bem-humorado de mesas narradas pelo próprio autor.
Nos
apêndices o leitor encontrará informações de como desenvolver
jogos e cenários e como organizar um evento de RPG. Esses anexos são
baseados na experiência do autor que desenvolveu os jogos Pirâmide
do Poder e Golpe de Estado, além de participar da organização do
Encontrode Jogos e Protótipos de
2018 em parceria com o Movimento Horizonte Indie de Desenvolvedores
de Jogos em parceria com o CEFET-MG
e Dia Nacional do RPG de 2019 em
BH, promovido pelo RPG BH.
A
ilustração do livro e a arte da capa e do desenhista Lucas
Martins, que com traços
caricatos e cômicos captam a essência do que José Noce
nos apresenta: “jogar RPG é diversão para jogadores e para os
mestres.”
Boa
leitura!
Vc resumiu muito bem o meu livro Filipe. Só faltou falar que este livro nasceu não só dos artigos que eu publiquei aqui, como também das inúmeras conversas que nós dois já tivemos à respeito desse tema.
ResponderExcluirObrigado pela força!
Obrigado José! Você materializou a obra. Você é o cara!
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