Cable na sua maior batalha

Resenha de Cable: Sangue & Metal

por Filipe Lutalo

As revistas em quadrinhos são uma excelente fonte de inspiração para criar aventuras para RPGs de super-heróis, tais como Mutantes e Malfeitores, GURPS SUPER e Savage Worlds – Compêndio de Superpoderes. Cable: Sangue e Metal não foge a regra. 

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Cable: Sangue & Metal é uma minissérie lançada pela Abril Jovem em 1996. O filho de Scott Summers e Medelyne Pryor (um clone de Jean Grey) está em busca de respostas sobre seu maior antagonista, Conflyto. Entretanto, Cable precisará enfrentar o peso de decisões tomadas no passado quando liderava o grupo Matilha.

Cable: Sangue & Metal. Fabian Nicieza (Argumento), John Romita Jr. (Lápis), Dan Green (Tinta), Lilian Mtsunaga (Letras), Brad Vancata (Cores). Minissérie em duas edições. Editora Abril Jovem, São Paulo, 1996, 100 páginas.


Criado por Rob Liefeld e Louise Simonson, Cable aparece pela primeira vez na edição 87 de Novos Mutantes, em 1990. Infectado por um vírus tecnorgânico quando criança, ele é enviado para o futuro. Após controlada a infecção e ganhar muitos implantes cibernéticos, Cable passa a viajar no tempo para cumprir o seu destino.

O mutante tem várias armas implantadas no corpo, faz uso da telepatia, ilusão telepática, ligações mentais, camuflagem, controle da mente. É capaz também de manipular a matéria por telecinese, criar im campo de força para a proteção, voar e viajar no tempo. Nem precisamos falar que ele possui super-força e sensores que lhe permitem ver o espectro infra-vermelho.


Em Cable: Sangue & Metal, o mutante integra o grupo de mercenários Matilha. Em busca de dinheiro eles viajam pelo mundo para cumprir vários contratos feito com um empresário chamado Tolliver. Essas missões levam o grupo a encontrar Conflyto, rival de Cable. Nesse embate, o mutante perde a confiança da Matilha e passa a trabalhar sozinho para desvendar os planos de seu rival. Nesta história em que o passado e o presente se misturam, ele precisa retomar a confiança do grupo e desvendar os planos de Conflyto.

Quem não conhece toda a história de Cable, Conflyto e do grupo Matilha, essa é uma ótima revista para se começar a explorar esse universo. O personagem é colocado frente a decisões difíceis e sabe da necessidade de fazê-las. A minissérie é bem construída e o leitor viaja junto com o mutante pelo passado, presente e futuro e descobre um Cable para além de um mutante sanguinário.

Destaco o argumento de Fabian Nicieza, que faz conexões do enredo com os conflitos no Irã, Afeganistão, uma das inúmeras áreas de conflito no mundo e o que me faz pensar o quanto a realidade afeta a ficção.


Particularmente, eu gosto de formato de minissérie. Elas trazem um enredo fechado e conciso. O leitor não fica ansioso pelas novas edições “infinitas”, características das publicações dos anos 80. As histórias possuem arcos fechados, o que torna a leitura bem prazerosa. Com toda certeza, essa história é uma grande fonte de inspiração para uma aventura de RPG.

Referencias

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2 comentários:

  1. Ótima HQ, uma das minhas preferidas, inclusive até me inspirou bastante numa campanha de GURPS chamada "Brinquedos da Destruição" onde os personagens operaram num grupo mercenário paramilitar chamado... Adivinhe? Matilha!

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    1. Hahahahahahahaha! Obrigado pelo comentário. Realmente é uma revista muito boa e inspiradora. Adorei o título da aventura.

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