Jason Hardy fala sobre Shadowrun 5ª edição

Magia ou tecnologia?

por Filipe Lutalo

Escritor de inúmeros trabalhos para o sistema D20, Jason M. Hardy escreveu romances editou livros didáticos, sendo contratado para desenvolver a linha de Shadowrun em 2009.

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Não é novidade para ninguém que a New Order Editora trouxe para o Brasil o Shadowrun 5ª ed em 2018. A editora fundada por Anésio Vargas e Alexandre Seba trouxe novo fôlego para o cenário brasileiro, importando e traduzindo “jogos de qualidade, existentes em países que ainda não foram explorados por outras editoras brasileiras”i. Sem dúvida, a publicação de Shadowrun 5 edição foi um grande feito.

Shadowrun é um rpg de fantasia futurista onde anões, elfos, humanos, orks e trolls convivem nada harmoniosamente no Sexto Mundo, também chamado de Terra. Resumidamente, após o despertar da magia, seres feéricos como dragões e grifos ressurgiram. Povos ancestrais que dominavam a práticas poderosas remodelaram o mapa global. Seres humanos deram a luz a mutantes, apelidados de anões, elfos, orks e trolls de acordo com a sua fisiologia. Todas essas mudanças em um ambiente altamente tecnológico onde máquinas se fundem à carne para criar mercenários altamente especializados. Cyberpunk e magia is now!

No Brasil, o cenário chegou nos anos de 1990 com a segunda edição. Após a Devir deixar a linha editorial, o jogo continuou a ser desenvolvido e atualizado pela Catalyst Games Lab. O responsável pela linha de Shadowrun é Jason M. Hardy.


Hardy tem uma longa bagagem. Em sua bibliografia encontra-se a novelas The Scorpion Jar (2004), Principles of desolation (2006) e The Last Charge (2007) para Battletech; Drops of Corruption (2006) para Shadowrun e muitas outras obrasii. Em 2009 ele assumiu a linha de Shadowrun, sendo o responsável por coordenar toda a 5ª edição.

Em sua entrevista para a NOW Editores e RPG Notícias, Hardy destaca que manter as raízes do jogo foi uma decisão não apenas dele, mas algo que vinha sido construído a várias edições. “Desde o início, Shadowrun teve uma das melhores e mais distintas ambientações em jogo, e eu queria preservar as coisas que o tornam tão atraente e divertido de jogar.” Ele destaca que os dragões, comandantes das megacorporações, elfos pretensiosos e a opressão dos orks e trolls traz o tom para o jogo. Outro ponto chave é que os runners sempre seguram as pontas contra tudo que for enviado contra eles. O autor não descarta que alterações nas regras foram necessárias, mas outras como as paradas de dados, tão característica do sistema, precisava ser mantida.iii

Antenado nas novas tendências do RPG e nas diversas formas de jogar, Hardy destaca que não importa como as pessoas jogam, desde que joguem Shadowrun (rsrsrsrs). Para isso, a editora possui o SR5 numa linha mais simulacionista, o Anarchy voltado para o narrativista, mas também o Shadowrun: Crossfire voltado para o cooperativismo, sem falar no jogo de tabuleiro Sprawl Ops. Linhas diferentes de jogos na mesma temática tem possibilidades de alcançar públicos diferentes e no fim, todos formam uma grande comunidade.


A entrevista completa você pode ler na NOW – Edição nº 1. Ela traz uma visão muito dinâmica de como Jason Hardy enxerga o mercado de RPG e as possibilidades de Shadowrun, literatura e cyberpunk e magia nas mesas de jogo.



iii SEBA, Alexandre; SILVA, Fábio; VARGAS, Anésio. NOW - New Order Warriors. New Order Editora, ano #1, edição #1, ago./2017.

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Qual suas impressões sobre a linha de Shadowrun? A New Order acertou em traduzir essa linha de produtos? Deixe um comentário.



2 comentários:

  1. Eu tenho um problema sério sobre como algumas editoras brasileiras acolheram o formato de financiamento coletivo como parte do plano de negócios da empresa... Mas tá aí um jogo que eu gostaria de jogar, independente da edição, embora nunca tivesse tido oportunidade.
    PS: valia a menção de que a Ediouro começou a publicar o jogo, antes da Devir.

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    1. Mike, verdade. O primeiro lançamento foi feito pela EDIOURO. Depois a Devir assume os direitos no Brasil. Bem lembrado.

      Joguei a 2 edição. O cenário é muito envolvente. A parada de dados incomodava um pouco, pois a quantidade de dados na mão era muito grande, dependendo da situação. Hoje, penso que faz parte da mecânica e cada jogo tem uma mecânica pensada para a sua ambientação. O que me fisga é a ambientação, com toda a certeza.

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