A pergunta é tão antiga quanto o jogo. Na década de 70 surgiu uma nova forma de diversão e entretenimento onde os participantes deste “jogo” deixaram de ser apenas jogadores passivos para estarem tornando-se parte de uma lenda criada em torno de uma mesa abastecida por salgadinhos, tendo em mãos dados, lápis, papel e muita criatividade.
Num “jogo” de RolePlaying Game, cada participante faz o papel de um personagem, tomando parte de uma aventura imaginária criada pelo Mestre de Jogo. O Mestre define o cenário, no qual os personagens dos jogadores (PCs) irão interagir e faz o papel de todos os personagens incidentais (NPCs), que por ventura os jogadores venham a encontrar. Ele descreve situações, e diz o que os jogadores estão vendo, ouvindo e sentindo. Estabelece rotas a serem seguidas e vencidas pelos jogadores.
Os jogadores descrevem para o Mestre o que seus personagens estão fazendo para vencer tais desafios. O Mestre, por sua vez, com base no seu discernimento e nas regras do jogo determina se as ações dos personagens dos jogadores são bem sucedidas ou não. Vez ou outra rola os dados para conseguir um resultado aleatório. Esse jogador é um misto de roteirista, diretor de uma peça teatral e juiz, responsável pela diversão de todo o restante do grupo.Cada jogador cria um personagem, que pode ser um implacável samurai, uma maga poderosa, um cavaleiro honrado, um vampiro sedento por sangue. O tipo de personagem dependerá do cenário. À medida que eles descrevem suas ações, passam a ser parte da história e a alterar o cenário criado pelo Mestre. Passando pelos desafios no mundo imaginário os jogadores ampliam seus horizontes, aprendem a trabalhar em equipe e exercitam sua criatividade interpretando papéis de pessoas diferentes deles próprios, tomando ações baseadas em como seus personagens reagiriam àquela situação.
Neste jogo, Mestre e Jogadores criam uma história dinâmica que muda constantemente de acordo com as suas vontades. Não há vencedores únicos, mas quando o objetivo estipulado pelo Mestre é alcançado, todos vencem e o principal objetivo do RPG é a diversão! (por Filipe Lutalo)